domingo, 19 de julho de 2009

2 - O cinema do James

Prédio em que funcionou o cinema da fábrica Arrozeira Brasileira (foto de Aldecy Mendes de Vargas)
O Salão dos Müller era o centro social de Estação Azevedo . Ali aconteciam bailes, seções de cinema, teatro, solenidades. A torre que se percebe atrás do cinema é a da Igreja Evangélica Luterana e a construção logo adiante foi residência de José Libano, dono da linha de ônibus para o Caí. Ele teve como filhos as professoras Júlia, Benta e Jurandir

Antes da chegada da TV eram feitas exibições de cinema em Capela de Santana.
Lembro de ter assistido a filmes na Arrozeira Brasileira e no Salão dos Müller. Este salão era o mesmo prédio em que meu pai, Willibaldo Klein teve armazém por volta de 1940.
Quem promovia as exibições de cinema neste salão era James Gehlen. James natural de Montenegro, mas morava na Divisa, na propriedade do seu sogro Carlos Zimmer. James era jovem e arrojado. Depois se destacou como empresário no ramo de floricultura. Um auditório existente na sede do CEASA, em Porto Alegre, tem o nome de James Gehlen.
Do cinema na Arrozeira, o que mais me recordo é de que fui até lá, certa vez, com meu irmão e nosso primo Pedro Nelson Laux (que nos visitava na ocasião). Fomos a pé, caminhando mais que um quilômetro. Meu irmão e o primo já eram adolescentes, conversavam coisas relacionadas com sexo. E eu escutava, sem entender direito do que se tratava. Mas devo ter entendido alguma coisa, pois a conversa deles ficou mais gravada na minha memória do que o filme que assistimos.
Lembro muito vagamente dos filmes que assisti na Capela. Me recordo que os melhores eram os filmes brasileiros (chanchadas com Oscarito e Grande Otelo). Mas o que mais ficou gravado na minha memória foi um filme de terror. Seu nome era Museu de Cera. Trata-se de um grande sucesso lançado nos Estados Unidos no ano de 1953, que só foi projetado na Capela por volta de 1959.

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